O papel político da imprensa no Brasil é um tema complexo e controverso, que tem sido objeto de muitos estudos e debates ao longo dos anos, o autor explora algumas das questões mais importantes relacionadas ao assunto, incluindo a relação entre a imprensa e o cidadão comum, a influência estadunidense sobre o jornalismo brasileiro e a falta de uma bibliografia expressiva sobre o tema. De acordo com Afonso Albuquerque, a imprensa brasileira adotou muitos dos estilos narrativos do modelo americano de jornalismo, incluindo o fead, a pirâmide invertida, o texto em estilo simples e a dramatização. Isso sugere que a imprensa brasileira se dirige mais ao "cidadão comum" do que às instituições representativas da vida política e social. No entanto, o autor observa que como essa interlocução se configura é bastante distinta nos Estados Unidos e no Brasil. Isso ocorre porque a imprensa brasileira adotou muitos dos estilos narrativos do modelo americano de jornalismo, mas tem suas próprias características distintas, que refletem a cultura e a história do país. Além disso, a relação entre a imprensa e o cidadão comum no Brasil é influenciada por fatores políticos, econômicos e sociais que são diferentes dos fatores que influenciam essa relação nos Estados Unidos. Portanto, embora a imprensa brasileira tenha sido influenciada pelo modelo americano de jornalismo, como essa interlocução se configura é bastante distinta nos dois casos. A influência americana sobre o jornalismo brasileiro, tanto em termos de estilo narrativo quanto de valores e ideologias, se distinguem por suas próprias características que refletem a cultura e a história do país. O autor aponta para a falta de uma bibliografia expressiva sobre o jornalismo brasileiro que se refere a uma perspectiva sócio-antropológica, isso prejudica enormemente o compromisso político da imprensa brasileira, pois impede uma compreensão mais profunda e crítica dos problemas políticos e sociais do país. Os compromissos que a imprensa brasileira devem ser independentes e imparciais, ter um compromisso com a verdade, com os fatos e com o interesse público, a imprensa brasileira tem um papel importante a desempenhar na interpretação da cena política, mas que esse papel deve ser exercido com responsabilidade e ética. A imprensa deve ser capaz de exercer sua função de informar e educar o público, mesmo que isso signifique desafiar as autoridades ou questionar as normas estabelecidas. Em outras palavras, a imprensa deve ser capaz de cumprir seu papel de fiscalizar o poder público e de interpretar a cena política. Em relação aos títulos de capa das revistas Época e Veja, Afonso observa que eles refletem o compromisso político da imprensa brasileira. Ele argumenta que a Época tem um compromisso mais claro com a defesa dos valores do capitalismo liberal, enquanto a Veja tem um compromisso mais claro com a defesa dos valores conservadores. Em resumo, o artigo do autor oferece uma visão abrangente e crítica do papel político da imprensa brasileira. Ele destaca a importância da independência e imparcialidade da imprensa, bem como seu compromisso com a verdade, os fatos e o interesse público. O autor também enfatiza a necessidade de uma compreensão mais profunda e crítica dos problemas políticos e sociais do país, a fim de que a imprensa possa cumprir seu papel de informar e educar o público.